| 14/04/2003 11h21min
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw, começou nesta segunda, dia 14, a visitar países do Golfo Pérsico falando sobre a necessidade de diálogo com o governo sírio. O objetivo é aproximar os Estados Unidos (EUA) da Síria.
Líderes norte-americanos, empolgados com a derrubada do governo iraquiano, começaram a bombardear a Síria com acusações de dar abrigo a líderes do Iraque e de armazenar armas químicas. Contudo, o chefe de política internacional da União Européia (UE), Javier Solana, pediu que os EUA amenizem o tom de seu discurso. Segundo Solana, seria melhor fazer declarações construtivas para ajudar a diminuir a tensão na região.
Israel, que aproveita para tirar vantagem das pressões norte-americanas sobre seu vizinho hostil, contribuiu para o cenário com uma lista de exigências, denunciando o suposto apoio da Síria a grupos extremistas.
Straw, falando em Barein, o primeiro de quatro países do golfo Pérsico a serem visitados, disse que há indícios de que a Síria cooperou com o regime de Saddam Hussein nos últimos meses. Straw pediu a Damasco para mudar de atitude agora que o governo de Saddam foi derrubado.
Durante uma entrevista coletiva no Kuwait, Straw disse que é muito importante para a Síria entender que há uma nova realidade, agora que o regime de Saddam acabou. O ministro pediu que Damasco coopere integralmente para levar à Justiça membros fugitivos do governo de Saddam.
Embora Washington e Londres digam que não há planos para uma ação militar contra a Síria, os dois países levantaram dúvidas sobre se Damasco teria armas químicas ou se está abrigando cientistas iraquianos ligados a armamentos.
A Síria, que se opôs à guerra no Iraque, rejeitou as acusações dos EUA, mas continuou em silêncio sobre as demais. Straw garante que a Síria não é a próxima da lista e completou afirmando que não há lista dos próximos.
Com informações da agência Reuters.
Grupo RBS
Dúvidas Frequentes |
Anuncie |
Trabalhe no Grupo RBS
©
2010
clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.